As obras de reforma do local duraram um ano e cinco meses e foram realizadas com recursos do FUMPAC (Fundo Municipal do Patrimônio Artístico Cultural). Foram realizadas a troca do telhado e do forro, de algumas portas de madeira, reparo das janelas, reforma dos anexos, instalação de pias, reparos elétricos (substituição de fiação, tomadas e luminárias), além das pinturas de todas as portas e janelas de madeira, paredes internas/externas e portões. O valor da obra, de acordo com a administração pública, foi de aproximadamente R$181.000,00.
De acordo com a Secretaria Municipal de Educação e Turismo, o local recebe em média 250 pessoas mensalmente e oferece acesso a um acervo literário composto por mais de 20 mil livros, sala de estudos, empréstimo de livros, espaço de leitura, computadores para realizar trabalhos e pesquisas.
O local contará também com uma lousa interativa, ferramenta tecnológica que poderá ser usada em ambientes de aprendizagem. O sistema Koha está em fase de implantação (solução de gestão integrada, utilizado para gerir os processos administrativos, como a comunicação com os leitores, catalogação, circulação, aquisição, relatórios, etc). Para empréstimo de livros, o cadastro de usuários é feito na recepção, bastando apresentar um documento com foto. O acesso ao espaço é livre (realizar pesquisas, sala de estudo, espaço de leitura).
A administração pública ressaltou que parte dos serviços foi realizada por empreiteira e outra parte complementada pela própria Prefeitura, por meio da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços.
A Biblioteca Pública Municipal está localizada na Rua Zezé Lima, n.º 176, no Centro (Praça da Estação). O telefone para mais informações é o (37) 3243-6196 (a prefeitura informa que esse número será alterado em breve).
Acervo Outra matéria sobre o local foi feita pelo Grupo Rádio Clube de Itaúna em outubro do ano passado, quando o acervo da biblioteca foi encontrado no meio da poeira, sujeira e lixo gerados pela reforma do local. A denúncia veio á tona depois de um vídeo publicado por uma vereadora denunciando o estado de abandono dos livros. Em resposta à denúncia, a Secretaria de Cultura informou que apenas 60 livros foram danificados e que todos os itens foram removidos do local. De acordo com o secretário Ilimane Joe, em resposta ao Grupo Rádio Clube de Itaúna, atualmente o acervo está guardado no almoxarifado da Secretaria Municipal de Cultura e Turismo.
Veja como estava o local em outubro de 2023:
Patrimônio municipal
De acordo com o Mapa da Diversidade, a residência que hoje abriga a Biblioteca Pública “Osmário Soares Nogueira” foi construída por Agripino Augusto Pereira de Lima, farmacêutico, na década de 1920. Senhor Agripino Lima possuía no local sua farmácia. Mais tarde, provavelmente na década de 1940 a casa foi adquirida por Moacir Soares Diniz e até a década de 90 pertenceu à família Diniz, sempre como residência.
Na década de 1990 a casa foi adquirida pelo Câmara dos Diretores Lojistas de Itaúna – CDL. Para atender como sede e escritório a casa passou por reformas e adaptações, sem, no entanto, modificar suas principais características arquitetônicas.
Esta casa é um dos raros exemplos da arquitetura eclética, típica no início do século XX. Sendo a característica principal a leveza dos traços curvos do neoclássico, com suas janelas alinhadas e curvas, amplas e uniforme. O alpendre com gradil e corrimão de madeira, com escadaria na parte central. Possui telhado com 9 águas, todo coberto de telhas cerâmicas curvas. Construída no alinhamento da rua, mas recuada à frente onde abre espaço para um pequeno jardim, além do recuo lateral interno.
A construção se ergue acima do nível da rua, o que lhe dá imponência e destaque. Constituída de uma estrutura monolítica e erguida em alvenaria de tijolo, reboco, látex, enquadramento em massa, arco pleno, esquadras de madeira, janelas de peitoril de madeira em folhas.
A importância desta casa não se restringe aos seus aspectos arquitetônicos, mas também a história dos moradores e dos inúmeros serviços alí prestados à comunidade itaunense. Nesta casa, além da farmácia do sr. Agripino Lima, funcionou também o escritório da Transportadora Diniz. Foi sede do CDL de Itaúna e depois serviu de sede da Secretaria Municipal de Educação e Cultura. E, atualmente, em missão nobre acolhe a Biblioteca Municipal “Osmário Soares Nogueira”.
A preservação desta casa, representa a grandeza da memória arquitetônica de Itaúna e guarda para a posteridade os sinais da importância do seu entorno – praça da Estação – para a vida comercial e cultural da nossa cidade.
O edifício foi tombado no ano de 2012, pelo prefeito municipal Eugênio Pinto e recebeu o nome de Casa “Pe. José Ferreira Netto” em homenagem a este sacerdote pelos inúmeros trabalhos prestados à comunidade Itaúna. Em 2014 o prefeito Osmando Pereira transferiu para o local a Biblioteca Pública de Itaúna e rebatizou o local como Biblioteca Municipal “Osmário Soares Nogueira”.
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