Homem que agrediu Djalma é preso e investigado pelos crimes de tortura e racismo

O homem de 44 anos que pagou R$ 10 ao Djalma, paciente de saúde mental em Itaúna, para chicoteá-lo, foi preso preventivamente e é investigado pelos crimes de racismo e tortura, segundo a Polícia Civil. A agressão, ocorrida por volta do dia 10 de novembro na Lagoinha, região Central da cidade, em frente ao bar do Sandoval, foi gravada em vídeo por um comparsa do agressor e divulgada no dia 20, Dia da Consciência Negra.

Após o vídeo circular na internet, o agressor, identificado como José Maria Vilaça, de 44 anos, morador de Pará de Minas, cidade vizinha a Itaúna, foi preso preventivamente ontem, 21, e foi encaminhado para o Presídio de Itaúna, onde está à disposição da Justiça. O homem que fez a gravação também foi identificado.

A Polícia Civil abriu inquérito para investigar o caso e, durante coletiva de imprensa, informou que o agressor tem antecedentes criminais por furto e violência doméstica.

O delegado Flávio Tadeu Destro, chefe do 7º Departamento de Polícia Civil, disse que o caso foi extremamente marcante e gerou revolta.

 
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Inicialmente, a vítima, Djalma Rosa da Costa, de 45 anos, foi identificada pela Polícia Militar (PM) como uma pessoa em situação de rua. Porém, a Prefeitura de Itaúna informou que Djalma não é morador de rua. Ele tem casa e familiares e faz acompanhamento para dependência química no Centro de Atenção Psicossocial (Caps) desde 1995.

Ainda segundo a Prefeitura, na quinta-feira, Djalma foi até o Caps e se mostrou bem, foi acolhido e recebeu assistência dos profissionais.

 

 

Na esteira da repercussão do caso da agressão contra o usuário de saúde mental Djalma, ocorrido no dia da Consciência Negra, o Grupo Rádio Clube de Itaúna recebeu um vídeo do mesmo homem que praticou a agressão, com manifestação racista. 
 
Na gravação o homem fala sobre o que ele deseja para o Brasil. Entre outras coisas ele afirma, em determinado momento, que no Brasil que ele quer “os negros ficam brancos”.

 

O caso da agressão ao usuário de saúde mental de Itaúna, Djalma, continua repercutindo nas redes sociais. Depois da manifestação de repúdio ao caso pela Deputada Estadual Lohanna França, foi a vez do Senador por Minas Gerais, Cleitinho Azevedo, também gravar vídeo repudiando o ato. O Senador reagiu ao vídeo em suas redes socias e afirmou que vai trabalhar no congresso para que a punição ao crime de racismo seja a mesma de crimes hediondos.
 
A OAB de Itaúna, na comissão de Promoção da Igualdade Racial emitiu Nota de Repúdio e afirma que "o caso será acompanhado de perto por esta comissão para que todas as medidas jurídicas sejam adotadas".

 

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