Frete rodoviário em Minas Gerais registra alta de 3%, superando média nacional
Aumento no Estado foi significativamente superior à média nacional, que teve uma elevação mais modesta de 0,31%
Por Helem Lara
28 de Agosto de 2024 às 08:26
O valor médio do frete rodoviário em Minas Gerais atingiu R$ 6,80 por quilômetro rodado em julho, representando um aumento de 3,3% em relação aos R$ 6,58 registrados no mês anterior, conforme aponta o Índice de Frete Edenred Repom (IFR). Esse aumento no Estado foi significativamente superior à média nacional, que teve uma elevação mais modesta de 0,31%, alcançando R$ 6,33.
Antonio Luis da Silva Junior, presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas e Logística de Minas Gerais (Setcemg), explica que essa alta reflete a atual conjuntura do mercado e resulta de diversos fatores. Ele destaca que a precariedade das estradas em Minas Gerais é um dos elementos que mais impactam nos custos, embora afirme que o aumento não deveria ser tão expressivo.
“A má conservação das estradas não apenas reduz a produtividade, mas também eleva a necessidade de manutenção dos veículos, aumentando, assim, os custos operacionais”, analisa Antonio Luis. Segundo o último Índice de Condição da Manutenção (ICM) do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), a situação das rodovias mineiras é preocupante. Enquanto em 16 estados e no Distrito Federal mais de 70% das rodovias são consideradas boas, em Minas Gerais apenas 51% da malha rodoviária se enquadra nessa categoria, com 18% classificadas como ruins ou péssimas.
Outros fatores que contribuem para a elevação dos custos, segundo o presidente do Setcemg, incluem os reajustes salariais decorrentes de dissídios coletivos, que aumentaram em média 5%, e os ajustes nos preços dos combustíveis. Ele também ressalta que, em Minas, a mão de obra subiu mais que a média nacional, agravando a situação.
Variação nacional do frete é mais contida
Enquanto Minas Gerais registra um aumento acentuado no frete, a variação nacional foi considerada moderada, influenciada pela atualização dos valores dos pisos mínimos de frete pela Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) em julho. Segundo Vinicios Fernandes, diretor da Edenred Repom, o reajuste na tabela de frete não teve grande impacto nos preços de julho, mas poderá influenciar os valores de agosto de forma mais expressiva.
Mesmo sem novos reajustes, o preço médio do diesel no Brasil subiu em julho, com o diesel comum atingindo R$ 6,04 por litro e o tipo S-10 R$ 6,17, ambos registrando aumento de 0,33% em relação à primeira quinzena do mês. O diesel representa cerca de 40% do custo total do frete.
O levantamento da Edenred Repom também destaca que o mercado de construção continua aquecido, o que aumenta a demanda por transporte de materiais e, consequentemente, pressiona os custos do frete. Desde janeiro de 2020, os custos da construção vêm crescendo acima da inflação oficial do País, contribuindo para a tendência de alta no preço do frete, que deve continuar nos próximos meses.
Composição do Índice de Frete
O IFR é um indicador que mede o preço médio do frete, com base em 8 milhões de transações anuais de frete e vale-pedágio administradas pela Edenred Repom. A Edenred Repom é uma marca com 30 anos de atuação no Brasil, especializada na gestão e pagamento de despesas para o transporte rodoviário de carga, atendendo mais de 1 milhão de caminhoneiros em todo o país.
*Com base em informações do Diário do Comércio
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